Com a cabeça em Lisboa e o corpo no Algarve.
Sobre viver num sítio que não é casa.
Faz, em fevereiro, 2 anos que saí de casa. O meu "sair de casa" foi semelhante ao de tantos outros - viajar largos quilómetros para estar numa cidade onde fosse possível trabalhar no que gosto. Mas eu invejo tanto o "sair de casa" da maioria dos meus amigos, que incluiu somente deixar a casa dos pais e continuar na mesma cidade.
É estranho. Já estou cá há tempo suficiente para me sentir em casa. Sei bem que já o senti antes, noutra fase da minha vida nesta mesma cidade. Porém quando me perguntam onde vivo, eu digo sempre "Moro no Algarve, mas trabalho em Lisboa", arriscando-me sempre a levar com aquele olhar de lado e o clássico "esta não sabe o que diz".
O que é certo é que não me imagino a viver nesta cidade para sempre, o que é triste porque ela tem muito para me oferecer. Com que então Lisboa é galardoada por tudo o que é entidade mas aqui para a menina não serve?
O quão estranho é sentir que o meu futuro profissional é aqui, mas o pessoal é a cerca de 300 quilómetros de distância?
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