A minha vida com a Isotretinoína
Passou sensivelmente um mês desde que adoptei esta pequena, com um nome estranho e difícil de pronunciar, que vêem no título. Segundo a Wikipedia, "é um fármaco utilizado pela medicina no tratamento da acne severa, rosácea e acne resistente". Segundo a Dermatologista, é a cura para os meus problemas. Eu acho que ela é só chata.
Ora bem, eu não tenho acne severa. Mas aproximo-me dos 23 anos e ela continua aqui. Manifesta-se com pequenas borbulhas espontâneas e um tom rosado constante. Experimentei cremes, técnicas de lavagem persistentes e outras mil acrobacias sem a conseguir expulsar, por isso, recorri à Dermatologista.
Ouvi todos os efeitos secundários, li a bula e vi casos de sucesso na internet. Pensei que ia ser fácil esconder as explosões iniciais na minha pele, uma vez que me era permitido o uso de maquilhagem desde que fosse oil free, e que a secura não me ia perturbar por aí além. Inocente...
Primeiro, tive de abdicar por completo da maquilhagem dado que a combinação de base com pele a desfazer-se está longe de ser bonita. Na boa, bring it on, tira-me tudo menos o eyeliner preto que tanto me caracteriza. Até que as pálpebras secaram e incharam. Mas secaram a sério, assim ao nível de desidratação do deserto! Aí, acabou a brincadeira da maquilhagem e começou a minha tristeza. Para quem não sabe, eu adoro maquilhagem. Tenho uma vasta colecção e uma rotina diária com, pelo menos, 10 passos, que me dá um gozo imenso.
E a secura dos lábios? Essa é outra marota. Acordo todos os dias a sentir-me um zombie acabado de despertar e a boca quase que estala de tão seca que está. Se me esqueço do stick labial em casa, é literalmente o fim do mundo, porque esta marota não me dá descanso e tortura-me ao ponto de me doer rir à gargalhada.
Ainda tenho 5 meses pela frente e espero bem que a Isotretinoína me livre desta acne resistente. Quero acreditar que é a santa milagrosa descrita pela Dermatologista. Porém, até agora, tem sido uma tortura da qual eu sonho em me livrar.